quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Exploração do gás de xisto: fator de declínio do gás russo

A exploração no Ocidente do gás e do petróleo de xisto utilizando a tecnologia do fracking (fragmentação) está arruinando a estatal petroleira russa Gazprom, que controla 15% das reservas planetárias. Em 2007, ela era a terceira maior companhia do mundo, avaliada em cerca de US$ 360 bilhões, mas que desvalorizou quase 80% em 2013, caindo para US$ 77 bilhões. Além de a Gazprom ter perdido o mercado americano, sua frota de superpetroleiros ficou superdimensionada. Razão da decadência: sobra gás no mercado internacional, os preços despencam, e a Europa, sua grande cliente-vítima, dispõe atualmente de uma gama de possibilidades mais atraente do que o gás fornecido por Putin. Desta maneira, o gigante russo — que desejava realizar o sonho de Lênin de estrangular a Europa livre — enreda os próprios pés em imensos gasodutos e oleodutos que se tornam cada vez menos aproveitados.
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Agência Boa Imprensa (ABIM)

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