quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mais de 200 mil manifestantes na

Paulo Roberto Campos

Com a aprovação do aborto nos Estados Unidos, em 22 de janeiro de 1973 — data hoje conhecida como “o dia da vergonha” —, o país ficou dividido. Ocorreu um verdadeiro “racha” entre aqueles que são favoráveis à “pena de morte” (leia-se aborto, ou matança dos inocentes ainda no ventre materno) versus aqueles que defendem a vida e estão indignados com o massacre de mais de 1.000.000 (isto mesmo: mais de 1 milhão!) de bebês assassinados, ANUALMENTE nos Estados Unidos, antes mesmo de verem a luz do dia. O maior holocausto da História! A vergonha de nosso século!

Estes anti-abortistas reúnem-se todos os anos em Washington, numa monumental manifestação denominada March for Life para protestar contra a aprovação do aborto.

Em 22 de janeiro p.p., a Marcha pela Vida — em sua 35ª edição — reuniu na capital americana mais de 200 mil manifestantes contra o aborto. Eram eles provenientes de centenas de movimentos anti-abortistas dos quatro cantos daquele imenso país. Apesar da baixíssima temperatura (2 graus centígrados abaixo de zero...), eles não desanimaram e enfrentaram as ruas desde a Casa Branca até a Suprema Corte, pois nessa instituição americana deu-se a aprovação do aborto com a tristemente célebre decisão Roe vs Wade — a decisão vergonhosa!

Do Brasil, contamos com valorosos representantes da causa pela vida contra o infanticídio. Eram eles do movimento Aliança Vida e Família, que foram aos Estados Unidos especialmente para participar da Marcha e bradar contra a matança de inocentes, contra esse genocídio indiscriminado de crianças indefesas.

Desde a primeira Marcha pela Vida, em 1974, a Sociedade Americana de Defesa da Tradição, Família e Propriedade tem ocupado lugar de destaque nesse grandioso evento. Membros da TFP americana, com dezenas de estandartes, portando capas vermelhas com um leão dourado e uma esplêndida fanfarra, dão um brilho todo especial à Marcha — como os leitores poderão observar no site daquele entidade
http://www.tfp.org/

Uma consideração final: essa monumental Marcha com mais de 200 mil pessoas, não foi destacada pela nossa grande mídia. Se fosse uma “marchinha” composta de uma dúzia de gatos pingados manifestando a favor do aborto, nossa mídia daria o máximo de destaque, exageraria o número com manchetes em primeira página mais ou menos como esta: “Uma multidão toma as ruas exigindo o aborto total e irrestrito”.

Ou a nossa grande imprensa padece de uma estranha doença nos olhos (“vista curta”?); ou algum distúrbio visual (“miopia ideológica”?); ou usa uns óculos que só lhe permite ver coisinhas pequenas (“estreiteza de visão”?). Ou, pior ainda: a grande imprensa é fanaticamente favorável à matança de inocentes!

Para ser imparcial, é preciso dizer que a famosa coluna da Sonia Racy, no Caderno 2 do “O Estado de S. Paulo”, com o título “Praça cheia”, publicou — embora muito sinteticamente — o que segue:

“Nunca antes a TFP havia conseguido reunir 300 mil pessoas numa passeata. Desta vez, parece que chegou lá... em Washington.
Foi essa a multidão que a TFP americana diz ter ido à sua caminhada contra o aborto, semana passada. Da qual acaba de voltar o príncipe dom Bertrand de Orleans e Bragança”.

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